domingo, 9 de setembro de 2012

Zico



   Zico, ums dos melhores jogadores do Brasil, quando jogava.
Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico (Rio de Janeiro, 3 de março de 1953), é um treinador, ex-futebolista e ex-dirigente brasileiro[2] que atuava como meia. Atua como comentarista esportivo na TV Esporte Interativo.[3] Atualmente, treina a seleção iraquiana.[4]

Notabilizou-se como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, com ápice nas conquistas da Taça Libertadores da América e da Copa Intercontinental pela equipe carioca, além de quatro títulos no Campeonato Brasileiro e de suas participações pela Seleção Brasileira nas Copas Argentina 1978, Espanha 1982 e México 1986.

É considerado por muitos especialistas, profissionais do esporte e, em especial, pelos torcedores do Flamengo, o maior jogador da história do clube, e o maior futebolista brasileiro desde Pelé. Não são poucos também os que o consideram como o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado frequentemente no exterior de "Pelé Branco". É o maior artilheiro da história do estádio do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros.

Foi eleito como o terceiro maior futebolista brasileiro do século XX, o sétimo maior da América do Sul e o décimo quarto entre todos do Mundo, segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi). Foi eleito pela própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), o oitavo maior jogador do século, o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, o nono Brasileiro do Século no esporte, segundo pesquisa realizada pela revista IstoÉ, e o décimo maior jogador de todos os tempos pela revista inglesa World Soccer.

Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.[5]
O início de sua carreira Zico jogava num pequeno time de futebol de salão formado por amigos e familiares, o Juventude de Quintino, do bairro de Quintino Bocaiuva, na zona norte do Rio de Janeiro. Além do Juventude, ele passou a praticar o esporte conhecido hoje como futsal no Ríver Futebol Clube, tradicional clube da Piedade, onde um dos professores era Joaquim Pedro da Luz Filho, Seu Quinzinho. No Ríver, seu futebol ainda menino chamou a atenção.

Mas seu primeiro clube de futebol de campo foi o Flamengo, para onde se transferiu aos catorze anos de idade, quando em 1967 o radialista Celso Garcia, amigo da família, assistiu uma partida de Zico em um torneio no Ríver, onde jogava com a camisa do Santos,[6] em que o garoto marcou dez gols em vitória de 14 x 4 de seu time. Garcia o levou para a escolinha de futebol do clube.

[editar] Flamengo[editar] Primeiros anosZico só estreou no time principal em 1971, em uma partida contra o Vasco da Gama, cujo placar terminou 2 a 1 para o time rubronegro, em que o debutante deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória.[7] Zico só foi se firmar como titular na equipe em 1974, depois de passar por uma intensa preparação física que incluía dedicação de boa parte de seu dia, desde quando chegou ao clube, em 1967 (quando ainda estava na escola), a um trabalho de fortalecimento muscular, devido ao corpo antes franzino.[8] E devido ao seu franzino corpo de início de carreira e de seu bairro de origem (Quintino) ganhou o carinhoso apelido de "Galinho de Quintino".

Ainda atuando pelo time juvenil, participou de duas partidas pela equipe principal do Flamengo no Campeonato Carioca de 1972, o bastante para conquistar seu primeiro título como profissional. Ainda demoraria, entretanto, dois anos para firmar-se no elenco e enterrar a imagem de um jogador de físico fraco, que sucumbia à primeira pancada dos adversários.[8] Após esses dois anos, em 1974 (quando também recebeu a camisa 10), começava a demonstrar futebol empolgante, com dribles, lançamentos e arrancadas fulminantes em direção ao gol e também a habilidade que lhe caracterizaria, a de cobrar milimetricamente as faltas que batia.[8]

Neste ano, conquistou seu segundo Carioca pelo Flamengo, o primeiro como titular e camisa 10, liderando uma equipe jovem em decisões contra as equipes mais experientes de Vasco e América[8](onde à época jogava seu irmão Edu). No Campeonato Brasileiro, recebeu sua primeira Bola de Ouro da Revista Placar, eleito pela publicação o melhor jogador do campeonato.

Nos três anos seguintes, entretanto, Zico viu rivais comemorarem o título estadual: o Fluminense de Rivellino foi bicampeão em 1975 e 1976 e, mais dolorosamente, o Vasco de Roberto Dinamite levou a taça em 1977 após decisão por pênaltis contra o Flamengo em que Zico, tendo a chance de dar o título a seu clube se convertesse sua cobrança, perdeu. A série de pênaltis prosseguiria e terminaria em vitória vascaína.[9]

[editar] A "Era Zico"A partir de 1978, entretanto, o Flamengo ingressaria em um período áureo sob o comando em campo de Zico. Com um futebol quase perfeito, só possível de ser parado com violência,[8] Zico conquistou um tricampeonato carioca, o terceiro do clube, nas edições daquele ano com as duas realizadas em 1979, mesmo ano em que o time conquistaria o prestigiado torneio amistoso Ramón de Carranza, com destaque para a vitória por 2 x 1, em que ele marcou um dos gols, sobre o Barcelona de Johan Neeskens, Allan Simonsen, Hans Krankl e Carles Rexach.[10] Em 1979 ele também marcou seu 245º gol, em partida contra o Goytacaz, superando, ainda aos 26 anos, Dida como o maior artilheiro da história do Flamengo.

No ano seguinte, viria finalmente o inédito título no Campeonato Brasileiro. As finais foram contra o Atlético Mineiro de Reinaldo, Toninho Cerezo e Éder. Contundido, Zico não jogou a primeira partida, em que os alvinegros venceram, no Mineirão, por 1 x 0. Voltou ao time no jogo de volta, no Maracanã, tendo dado passe para o primeiro gol e marcando o segundo do Flamengo na vitória por 3 x 2 que lhe deram pela primeira vez às suas mãos a taça de campeão nacional,[11] compensando a decepção no Carioca, onde Zico vê os rivais Vasco e Fluminense decidirem o título. Ainda em 1980, Zico conquistaria com o Flamengo outros dois torneios amistosos europeus: o Torneio Astúrias e Algarve, com vitórias sobre Real Sociedad e Spartak Sófia; e um bi no Ramón de Carranza, passando por Dínamo Tbilisi e Real Betis.[12]

Com o título nacional, o clube credenciou-se pela primeira vez para disputar a Taça Libertadores da América. Na fase de grupos, o Flamengo teve que novamente superar o Atlético, em partida-desempate marcada pela expulsão de cinco jogadores do adversário, o que deu a vitória aos rubronegros após apenas dez minutos de jogo.[13] O time chegou à decisão, onde enfrentaria os chilenos do Cobreloa. Zico marcou os dois gols na vitória por 2 x 1 na partida de ida, no Maracanã. A de volta, no Chile, foi marcada pela enorme violência dos rivais, especialmente de seu zagueiro Mario Soto, que agrediu com um anel afiado os flamenguistas Andrade e Lico. Os chilenos venceram por 1 x 0 e, pelo regulamento da época, o troféu seria decidido em campo neutro, que foi em Montevidéu, no Estádio Centenário. Zico novamente marcou os dois gols da vitória, dessa vez de 2 x 0, o segundo deles, a dez minutos do fim, em uma de suas mais inesquecíveis cobranças de falta.[14]

O título continental foi seguido por mais um Carioca, sobre os rivais do Vasco, em partida dedicada ao técnico Cláudio Coutinho, falecido antes do primeiro jogo da decisão. O Campeonato Carioca já havia reservado a alegria de ter imposto uma goleada de 6 x 0 sobre o Botafogo, devolvendo uma derrota de nove anos antes que ainda ressoava entre as duas torcidas. O ano mágico de 1981 terminava da melhor forma possível: da decisão estadual, o time foi para Tóquio enfrentar os britânicos do Liverpool no Mundial Interclubes.

A equipe inglesa era amplamente favorita: nos últimos oito anos, havia conquistado cinco vezes o campeonato inglês, uma Copa da UEFA e três Copa dos Campeões da UEFA, possuindo um elenco de respeitados jogadores das Seleções Inglesa e Escocesa, que não deixaram de fitar com superioridade os brasileiros no vestiário, antes da partida.[15][16][17] O título mundial, que até então só havia vindo ao Brasil por meio do Santos de Pelé, foi conquistado após exibição primorosa do Flamengo, que venceu por 3 x 0. Os três gols, marcados todos ainda no primeiro tempo, saíram de jogadas de Zico: no primeiro e no terceiro, por assistência direta a Nunes e, no segundo, marcado por Adílio, após cobrança de falta do Galinho rebatida pelo goleiro adversário Bruce Grobbelaar.

Eleito o melhor em campo mesmo sem ter marcado, recebeu como premiação individual um cobiçado carro esporte da patrocinadora da partida, a Toyota, juntamente com Nunes; ambos demonstrariam a grande união do grupo, vendendo os veículos e divindindo igualmente o dinheiro entre os jogadores.[8] Ainda antes da partida, ao ser indagado sobre o favoritismo dos britânicos, teria dito: "eles são favoritos sim, mas para o segundo lugar, o que é até muito honroso". Durante ela, desesperado, o goleiro Grobbelaar gritava ao zagueiro e capitão Phil Thompson: "Joga o Zico para longe, Thompson, joga o Zico para longe, em nome de Deus!". Após, o técnico adversário, Bob Paisley, declarou: "Vocês jogam um jogo que desconhecemos. Vocês dançam, isso devia ser proibido".[18]

A Era de Ouro no Flamengo prosseguiu no ano seguinte, em que o clube conquistou o único título que faltara em 1981, o Campeonato Brasileiro, em campanha destacada por vitórias fora de casa, mais uma resposta às críticas de que o time (e Zico) só jogavam bem no Maracanã:[19] dois 4 x 3, sobre Náutico e São Paulo; dois 3 x 2 sobre o Internacional e Guarani - nesta partida, Zico marcou os três gols da vitória contra o time de Careca e Jorge Mendonça.[19] Para completar, A taça também foi conquistada fora de casa, contra o Grêmio, em vitória por 1 x 0 com nova assistência de Zico a Nunes. O Galinho já havia sido heroi no primeiro jogo da decisão, marcando um gol de trivela no canto esquerdo de Emerson Leão, empatando uma partida em casa que já estava acabando.[19]

O segundo semestre de 1982 já não é tão bom: voltando de dolorosa eliminação na Copa do Mundo, Zico perde os dois torneios que disputa com o Flamengo. Na Taça Libertadores da América, o Flamengo, como campeão, entra na disputa já na segunda fase do torneio, em um grupo de três times que apontará um dos finalistas. O clube vence os dois duelos contra o River Plate e vai à última rodada precisando vencer o Peñarol em casa para forçar um jogo extra - os uruguaios haviam vencido em Montevidéu. No entanto, é o adversário quem vence, em pleno Maracanã - a final, curiosamente, seria novamente contra o Cobreloa. Já o Campeonato Carioca é perdido para o Vasco.

No primeiro semestre de 1983, o Flamengo é eliminado na primeira fase da Libertadores no grupo que dividia com o Grêmio (que fica com a única vaga) e os bolivianos Bolívar e Blooming. Paralelamente, porém, o time igualava-se aos gaúchos do Internacional como maior vencedor do Brasileirão, conquistando seu terceiro título. O sabor foi mais especial por ter eliminado no caminho o Vasco, nas quartas-de-final, com Zico marcando o gol do empate (que garantia a classificação flamenguista) aos 44 minutos do segundo tempo.[20] As finais foram contra o Santos. Os paulistas, que aspiravam a seu primeiro título no torneio, haviam vencido o jogo de ida por 2 x 1.

Na volta, jogando machucado,[21] Zico ruiu o sonho santista ao marcar antes do primeiro minuto, em partida terminada em vitória rubronegra por 3 x 0. Zico ergueu a taça consciente de que seria sua até então última partida pelo Flamengo: embora ainda não divulgada a transferência, o Galinho já sabia se sua venda para a equipe italiana da Udinese,[21] em transferência já acertada um mês antes da decisão e mantida em sigilo para eventuais protestos da torcida não atrapalharem a caminhada rumo ao título.[22]

[editar] VoltaApós duas temporadas na Itália, Zico voltou no segundo semestre de 1985 ao seu clube do coração. O retorno foi possibilitado por uma operação organizada pela agência de publicidade Estrutural, financiada pela Sul América Seguros e com apoio da Rede Manchete. O projeto incluiu a criação de um filme publicitário em que seis garotos fanáticos pelo Flamengo — Cebola, Gênio, Pulga, Bochecha, Limão e G/18 — iam à Itália buscar de volta o ídolo[23].

O primeiro jogo na volta para o Brasil, no dia 12 de julho de 1985, foi um amistoso contra um combinado de craques internacionais, como Paulo Roberto Falcão, Karl-Heinz Rummenigge, Cerezo e Maradona. O Flamengo venceu os Amigos de Zico por 3 a 1. Zico marcou um gol de falta. Jacozinho, ponta-esquerda do CSA de Alagoas, marcou o gol dos Amigos de Zico. O primeiro jogo oficial, em 14 de julho, foi uma vitória rubro-negra por 3 a 0 sobre o Bahia, com gols de Zico, Tita e Chiquinho[24].

Os festejos, entretanto, deram lugar à agonia pouco depois, após sofrer falta desleal de Márcio Nunes, em partida contra o Bangu. A pancada devastou suas pernas: Zico teve torções nos dois joelhos e no tornozelo esquerdo, contusão na cabeça do perônio esquerdo e profundas escoriações na perna direita.[25] Teve de se submeter a três cirurgias no joelho esquerdo e a longo período de recuperações devido as consequentes problemas musculares. Só optou por elas pois teria de encerrar a carreira se não as fizesse.

"Decidi tentar, pois não admitia a ideia de ser obrigado a abandonar os campos. Queria um dia parar com o futebol e não o futebol parar comigo", declarou Zico que, em virtude da recuperação, teve a curvatura da perna esquerda alterada, tendo de alterar também a sua forma de pisar.[25] Havia também a motivação extra pela realização de nova Copa do Mundo, no ano seguinte. Para voltar a jogar, teve de suportar até oito horas diárias na sala de musculação da Gávea, lutando para conseguir novos centímetros para a perna esquerda, que sofrera atrofia.

A resposta aos que já o consideravam ex-jogador veio em fevereiro de 1986, às vésperas da Copa, em um Fla x Flu. Os festejos rubronegros antes da partida eram destinados à estreia de Sócrates como jogador do Flamengo, naquele dia.[26] Após o jogo, as comemorações deram-se em função da atuação de gala de Zico, que marcou três gols - um de falta - na vitória flamenguista por 4 x 1.[27] No Flamengo, a recompensa viria com o título estadual naquele ano e, no seguinte, com o tetracampeonato brasileiro, com a conquista do módulo verde da Copa União, já com ele tendo alterado seu estilo de jogo: substituiu seu ímpeto pela cadência, os dribles rumo ao gol por toques de primeira e lançamentos.[8]

A taça de 1987 seria a última levantada pelo Galinho no Flamengo, e não seria reconhecida pela CBF até 2011, quando foi oficializada como título brasileiro, ao lado do módulo amarelo, que apontou como representantes do Brasil na Libertadores de 1988 os times do Sport e do Guarani, respectivamente. Em 1988, o Flamengo perderia o Carioca para o Vasco (assim como no ano anterior) e, no Brasileirão, seria eliminado nas quartas-de-final pelo Grêmio. Zico decidiu parar de jogar no segundo semestre de 1989: o Flamengo perdera o Estadual para o Botafogo. Sua última partida profissional no Flamengo terminou da melhor forma: uma goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora, num jogo em que o Galinho não poupou dribles, lançamentos e um inesquecível gol na sua especialidade. "Era tudo o que eu queria. Terminar com um gol e justo do jeito que eu mais gosto: de falta".[28]

[editar] UdineseCobiçado por clubes mais tradicionais do país, como Roma e Juventus, sua ida à modesta equipe de Friuli causou escândalo no resto da Itália. A Federação chegou a suspender a compra, orçada em 4 milhões de dólares (em valores da época) - o maior valor pago até então no país por um jogador -, o que revoltou os moradores de Udine, que começaram a disparar mensagens de separatismo. O lema era "ou Zico ou Áustria!", uma referência à época em que a região pertencia ao Império Austríaco.[29] A ameaça foi levada a sério pelo presidente do país, Sandro Pertini, que enfim autorizou a compra de Zico.

O Galinho chegou a Udine tratado desde logo como um rei.[29] Mesmo assim, manteve sua postura humilde e profissional, procurando deixar todos à vontade: um dos reservas do time, Pradella, chegara a ter calafrios e desarranjos intestinais na primeira vez em que foi escalado para jogar ao lado do brasileiro.[30] Dedicado a ajudar o clube a conseguir o título na Serie A, Zico fez sua parte, liderando um time fraco a uma honrosa nona colocação na temporada 1983/84, a quatro pontos do time que ficou na quarta (a Internazionale), que daria vaga para a Copa da UEFA. Zico marcou 19 gols, apenas um atrás na artilharia do campeonato, que ficou com Michel Platini, da campeã Juventus. O detalhe é que o francês jogou seis partidas a mais,[30] muito por conta de uma lesão que Zico sofrera em amistoso contra o Brescia.[29]

Jogando muitas vezes machucado, sabendo da dependência que o time tinha em relação a ele, Zico começou a se desencantar com os dirigentes do clube, que haviam prometido formar uma equipe forte o capaz para brigar pelo título, o que não vinha acontencendo - além dele, os únicos jogadores com certo reconhecimento eram seu colega de Seleção (e futuramente também de Flamengo) Edinho e um veterano ex-jogador da Seleção Italiana, Franco Causio, com quem fazia dupla no meio-de-campo. Começou a sonhar com sua volta ao Flamengo.[30] A segunda temporada acabou marcada pela luta para não cair, com ele jogando apenas quinze vezes, ainda assim marcando doze.[30] Outro motivo para o seu desejo em ir embora era o processo que sofria na Justiça Italiana por supostamente enviar ilegalmente dinheiro ao Brasil, que só mais tarde terminaria em sua absolvição.[29] Em entrevista à revista inglesa FourFourTwo, Zico esclareceu o ocorrido:

 Assinei um contrato de uso de imagem no Brasil e, na Itália, o presidente da Udinese acertou um outro contrato de publicidade. Seria preciso uma autorização da receita federal italiana para que eu pudesse fazer publicidade na Itália. Respeitei isso e cumpri meu outro contrato. Mas aí os agentes da receita entraram com uma ação contra mim e tive que apelar. Mostrei, então, o contrato que tinha assinado no Brasil, que respeitava as leis brasileiras, e provei que pagava impostos corretamente. O engraçado é que acabei pagando mais impostos do que um cidadão de Udine normalmente pagava. Paguei algo próximo de US$500 000 e fui processado por sonegação devido a um erro contratual. Apelei e fui totalmente absolvido. Era totalmente legal e não fiz nada para evitar pagar meus impostos. Só que a imprensa não mencionava isso.[16] 

Zico não deixou de reproduzir na Itália sua jogada característica, apavorando os goleiros adversários com suas cobranças de falta, gerando até acirrados debates nos programas esportivos nos canais de televisão do país: "Como evitar os gols de Zico?", discutiam.[30] Em sua passagem pela Udinese, Zico marcou 17 gols de falta dentre seus 57 gols.[30] Dos gols "normais", dois são lembrados em especial: o da vitória de 1 x 0, em novembro de 1983, marcado aos 41 minutos do segundo tempo, sobre a então campeã, a Roma, que nunca havia perdido para a Udinese.[31] Outro foi uma bicicleta em sua estreia no mítico Estádio San Siro, em jogo contra o Milan, diminuindo no final da partida o placar para 3 x 2 - ainda arranjaria tempo para dar assistência a Causio para o gol de empate.[29]

Foi também muito aplaudido e teve o seu nome gritado e cantado pelas torcidas adversárias, fato que ocorreu contra o Ascoli, Genoa e Catania.[29] Contra o Ascoli, torcedores, repórteres e até o goleiro adversário o aplaudiram após ter feito um lindo gol. Em Gênova, o estádio inteiro cantou o seu nome e em Catania os torcedores do time rival não só gritavam e cantavam o seu nome como também torciam por ele: todas as vezes que ele tocava na bola era ovacionado e quando surgia uma falta próximo a área, clamavam para que Zico a cobrasse. Ao terminar a partida, o jogador brasileiro Pedrinho, do Catania (e seu colega na Copa de 1982, além de ex-adversário de Vasco), foi indagado por um réporter: "Vocês poderiam ter vencido o jogo?". E ele respondeu: "Como poderíamos se até a nossa torcida estava torcendo pelo Zico?".[29]

Em uma pesquisa realizada em novembro de 2006 pelo jornal italiano La Repubblica[32] sobre os maiores jogadores brasileiros na Itália, Zico aparece em primeiro, à frente de Mazzola, Falcão, Careca, Ronaldo e Kaká, dentre outros. Seu carisma e talento continuaram a ficar no coração do torcedor da Udinese mesmo após sua saída: em 1989, quatro anos após ter deixado o clube (que caíra para a Serie B duas temporadas após o ídolo ter ido embora), lotou o Estádio Comunale del Friuli na partida que marcava a sua despedida da Seleção Brasileira.[30] Vinte anos depois, em novembro de 2009, o Galinho recebeu a cidadania honorária de Udine.[33]

Quem sintetizou de forma mais aprimorada a grande metamorfose operada por ele na cidade foi um jornalista do "Il Gazzettino de Veneza", profissional encarregado de segui-lo, Luigi Maffei.

 Para nós, friulanos, Zico tem o mesmo significado de um motor da Ferrari colocado dentro de um fusca. Sentimo-nos os únicos no mundo a possuir um carro tão maravilhoso e absurdo.[29] 

[editar] Seleção BrasileiraDescontado seu jogo de despedida em 1989, em Udine, e partidas por seleções inferiores, Zico atuou por dez anos pelo Brasil, marcando 66 gols em 89 partidas, tendo saído como segundo maior artilheiro da Seleção, atrás apenas de Pelé (depois, foi ultrapassado por Romário).

Disputou três Copas do Mundo, não tendo experimentado o sabor do título mundial. Suas únicas taças pela Seleção foram conquistadas no ano de seu debute, 1976: a Copa Rio Branco, a Copa Roca, a Copa Oswaldo Cruz, a Copa do Atlântico e o Torneio Bicentenário dos EUA (em que marcou, nos 4 x 1 contra a Itália, um de seus gols mais bonitos, driblando três adversários e chutando de pé esquerdo na meta de Dino Zoff). Ganhou também a taça Inglaterra-Brasil, disputada num jogo único em Wembley em 1981, quando marcou o gol da vitória de 1 x 0 contra o English Team.

Seu debute ocorreu em partida válida pela Rio Branco. Foi contra o Uruguai, em Montevidéu. Marcando gol: com a partida empatada em 1 x 1 e com Rivellino e Nelinho expulsos, Zico fez o gol da vitória em cobrança de falta no final da partida.[34] Apenas em 2009 o Brasil voltaria a vencer a Seleção Uruguaia na casa dela.

Zico foi à Copa do Mundo de 1978 em momento onde ainda se firmava na equipe treinada por Cláudio Coutinho. O que seria seu primeiro gol no torneio terminou mal anulado: no final da estréia na primeira fase de grupos, contra a Suécia, o árbitro (o galês Clive Thomas) encerrou a partida no momento em que a bola estava no ar após cobrança de escanteio, antes que o cabeceio dado por Zico a fizesse entrar nas redes. Por razões físicas e uma suposta interferência do comando da CBD na escalação do time, perdeu a posição de titular no terceiro jogo para Jorge Mendonça, passando a entrar no decorrer das partidas. Marcou contra o Peru, de pênalti, seu primeiro gol em Copas do Mundo. Despediu-se da Copa na partida contra a Polônia, a última da segunda fase de grupos, quando sofreu grave problema muscular ao prender o tornozelo em lance com o adversário Zbigniew Boniek[25][35] - se o Brasil passasse à final, Zico não jogaria. A Seleção teve de contentar-se com a decisão do terceiro lugar, conquistada após ficar empatada em pontos e com menor saldo de gols que a anfitriã Argentina, após a vitória desta por 6 x 0 sobre o Peru, o grande escândalo do torneio.

Um drama talvez maior veio na Copa do Mundo de 1982, onde o Brasil vivia enorme favoritismo. Zico marcou quatro vezes no mundial: de falta contra a Escócia, em jogo em que reencontrou três jogadores do Liverpool contra quem jogara seis meses antes: Alan Hansen, Kenny Dalglish e Graeme Souness; dois contra a Nova Zelândia (um deles, de voleio); e outro contra a Argentina. Na partida contra os rivais, também deu passe para Júnior marcar o terceiro e também envolveu-se no segundo, tendo dado passe para Falcão assistir a Serginho Chulapa. O jogo foi válido já pela segunda fase, onde um grupo formado também pela Itália daria uma vaga para as semifinais. O Brasil foi ao jogo contra os italianos podendo empatar para passar de fase: ambos haviam vencido a Argentina, mas o Brasil fizera um gol a mais.

Tudo deu errado na partida decisiva do grupo. O técnico da Azzurra, Enzo Bearzot, já presenciara as habilidades de Zico em 1979, quando treinou a Seleção do Resto do Mundo em amistoso contra a Argentina comemorativo do aniversário de um ano do título do país na Copa de 1978. Zico chegara a Buenos Aires minutos antes da partida, entrando no segundo tempo. Marcou o gol de empate e levou o time da FIFA à vitória de virada[8] Para anular o Galinho, escalou o violento Claudio Gentile, que já parara Maradona, à base de muitas pancadas, na partida contra a Argentina. No único momento em que conseguiu desvencilhar-se da pesada marcação de Gentile, Zico deu o passe para o gol de Sócrates, que empatava a partida em 1 x 1.[29] Em outro momento, o adversário chegou a puxar tão forte a camisa de Zico que terminou por rasgá-la. O lance foi dentro da grande área, mas o pênalti não foi marcado pelo árbitro Abraham Klein. A Itália venceu por 3 x 2 no que Zico, até então empatado com o alemão-ocidental Karl-Heinz Rummenigge na artilharia do mundial (premiação que ficaria com o carrasco Paolo Rossi, que fizera os três gols da vitória italiana naquela partida e faria outros três depois), considera sua "maior frustração no futebol".[36]

A terceira e última Copa de Zico seria a de 1986. O Galinho ainda vivia a desconfiança da crítica em relação a seu estado físico após a lesão provocada por Márcio Nunes, do Bangu, em 1985. Sua resposta pela Seleção viria em abril, em amistoso contra a Iugoslávia. Na vitória brasileira por 4 x 2, marcou outro de seus gols mais bonitos, invadindo a área adversária deixando para trás uma fileira de quatro zagueiros e ainda livrando-se do goleiro antes de concluir para as redes.[28]

Ainda assim, em virtude de sua recuperação, foi ao mundial como reserva. Jogou três das cinco partidas do Brasil na Copa, contra Irlanda do Norte, na primeira fase, com o Brasil já classificado; Polônia, nas oitavas-de-final; e França, nas quartas. Não marcou gols, perdendo a melhor chance que teve para fazê-lo, um pênalti contra os franceses. Zico havia acabado de entrar na partida, já empatada em 1 x 1, e feito sensacional lançamento para Branco, que foi derrubado na grande área pelo goleiro Joël Bats. Como ainda estava frio na partida, Zico foi bater o pênalti relutantemente, o qual ele mesmo reconheceu ter cobrado mal.[37] O empate perdurou na prorrogação e a vaga nas semifinais foi decidida na série de pênaltis. Escalado para bater novamente, Zico acertou sua cobrança na decisão, mas Sócrates e Júlio César perderiam as suas e o Brasil acabaria eliminado. Foi a última partida oficial do Galinho pelo Brasil - curiosamente, o craque perdeu apenas uma vez pela Seleção em Copas, no fatídico jogo contra a Itália em 1982.

Na Copa do Mundo de 1990, o técnico Sebastião Lazaroni, chegou a conversar com Zico se o jogador não poderia repensar a sua decisão de não disputar a Copa. O Galinho optou por não jogar mais futebol, tendo outros planos: naquele ano, durante a presidência de Fernando Collor, foi Secretário Nacional de Esportes, cargo público que exerceu até o ano seguinte.

Pela Seleção Pré-Olímpica, Zico foi durante o torneio classificatório para as Olimpíadas de 1972 um dos destaques da Seleção, tendo inclusive feito o gol da classificação. Porém, de maneira inexplicada, foi cortado da equipe que foi aos Jogos em Munique. Sua decepção com a ausência lhe fez pensar em parar de jogar, na época.[16]

[editar] Voltando a jogarEm 1991, retornou ao futebol, para disputar o ainda incipiente futebol japonês. No Japão, ele atuou pelo Sumitomo Metals e pelo clube originado deste, o atual Kashima Antlers, de 1991 a 1994, quando deixou definitivamente os campos.

Sua passagem no Japão, junto com outros jogadores famosos já aposentados ou em via de se aposentar, é hoje apontadoa como uma das maiores razões da popularização e profissionalização do futebol no país, que finalmente promoveria a primeira edição profissional do campeonato japonês em 1993. Na final, contra o Verdy Kawasaki (atual Tokyo Verdy), recebeu uma das raras expulsões na carreira, ao cuspir na bola por sua irritação com a atuação do árbitro, que estaria favorecendo o adversário (que acabou ficando com o título).[38] Os gols da final, de qualquer forma, saíram de jogadores inspirados por Zico a jogar no recém-profissionalizado futebol nipônico: pelo Kashima, seu ex-colega de Flamengo Alcindo; pelo Verdy, o ex-adversário de Vasco Bismarck e também Kazu, japonês que jogava no Brasil.

Zico aposentou-se após o término da segunda edição da J-League, com o Kashima ficando em terceiro na classificação geral. Mesmo não tendo conseguido o titulo do campeonato Japonês, Zico ficou bastante reverenciado no país, que aprendeu a gostar de futebol muito por conta do carisma e atuações do veterano ídolo,[38] que inclusive ganhou uma estátua em sua homenagem por lá. Oswaldo de Oliveira, que treinaria o Kashima, resumiu a importância de Zico para o clube:

 O Zico participou da formação do Kashima ainda no início, quando o clube era amador. O conceito dele é fabuloso e até hoje a torcida leva uma faixa para ele em todos os jogos. O Antlers ia ser um clube de fábrica, e o Zico o fez virar grande, lhe deu história e tradição[39] 

Quando já estava no Kashima, Zico voltou a jogar no Maracanã uma vez, como convidado especial do antigo rival Roberto Dinamite, para o amistoso de despedida deste, entre Vasco e o Deportivo La Coruña de Bebeto, ex-colega de ambos. A ocasião ficou famosa por ter sido a única vez que Zico entrou em campo com a camisa cruzmaltina.[40] Ele continuou a jogar futebol um ano após deixar os gramados, mas na areia. De volta ao Brasil, onde fundou o clube que leva o seu nome, o CFZ (Centro de Futebol Zico), participou pela Seleção Brasileira nos dois primeiros campeonatos mundiais do chamado beach soccer (1995 e 1996), sendo campeão em ambos e, no primeiro, também o artilheiro e melhor jogador.

[editar] Treinador[editar] Primeiras experiênciasApesar de ter sido várias vezes convidado a assumir cargos no Flamengo[carece de fontes?], Zico relutou em aceitar. Especula-se que isso se deva em grande parte aos rumos tomados pelas administrações do clube carioca, que desde a época de Zico vêm gradativamente acumulando dívidas e maus resultados. Já disse que nunca quer ser técnico do Flamengo para não manchar essa imagem maravilhosa que tem com a torcida[carece de fontes?].

Sua primeira experiência em uma comissão técnica foi como assistente de Zagallo, para a Copa do Mundo de 1998. Zico foi chamado após resultados medianos do Brasil nos amistosos preparativos [41] - o país não jogara as Eliminatórias por sua classificação automática como campeão da edição anterior. Ficaria marcado por ter sido o encarregado de transmistir a Romário a informação de que este seria cortado. Apesar da decisão ter sido feita por toda a comissão, o Baixinho culparia Zico pelo corte, e apenas em 2009 lhe pediria desculpas.[41]

Posteriormente, Zico assumiu interinamente como treinador do Kashima Antlers, quando o time passava por uma crise. Ele era diretor técnico do time, que demitira Zé Mário em razão de maus resultados. Na emergência, Zico comandou a equipe, e sua figura embriou os jogadores, fazendo o time sair das últimas posições e terminar entre os primeiros da J-League.[39]

[editar] Seleção JaponesaA partir de junho de 2002, passou a exercer o cargo de selecionador da Seleção Japonesa, sucedendo o francês Philippe Troussier, que treinara o país na Copa do Mundo daquele ano. Foi chamado logo como a primeira opção de Masaru Suzuki, presidente da Associação de Futebol do Japão - Suzuki fora o presidente do Kashima na época em que Zico teve bons resultados como técnico interino do clube.[39]

Após eliminação na primeira fase na Copa das Confederações de 2003, Zico levou os nipônicos ao título na Copa da Ásia de 2004. Com o título continental, o Japão credenciou-se a disputar no ano seguinte a Copa das Confederações e, embora eliminado na fase de grupos, não fez feio, tendo ficado perto de eliminar a Seleção Brasileira nesta fase.


Zico em 2007.O Japão de Zico reencontraria o Brasil no ano seguinte, na Copa do Mundo de 2006, com nova eliminação na primeira fase e um futebol aquém do que se esperava. Zico afirmou que fez o melhor que pôde pela seleção japonesa e que não se arrependeu de nenhuma decisão que tomou[carece de fontes?]. Apesar de não ter conseguido os mesmos resultados do antecessor, seu trabalho foi reconhecido por ter inspirado melhor postura dos jogadores japoneses, ensinando-lhes a ter mais confiança e capacidade de improvisação.[39] Foi treinando a Seleção Japonesa que Zico desenvolveu o gosto para ser treinador; até então, suas intenções após abandonar os gramados era ser dirigente.[42]

 Foi uma questão de retribuição pelo que o Kashima e todo o Japão fizeram por mim. Eu não queria de maneira nenhuma seguir como treinador, mas, em um momento difícil, eu assumi. Obtivemos ótimos resultados nesse período e saímos do rebaixamento para o quinto lugar. Entreguei o time ao Toninho Cerezo, continuei como diretor, e, quando o presidente do Kashima Antlers assumiu a federação, me fez um pedido bem especial. Acho que faltavam algumas coisas para o futebol japonês dar uma guinada e eu tinha que estar lá dentro para isso. Aí peguei o gostinho e continuei. Deu certo.[42] 

[editar] FenerbahçeApós a Copa, Zico foi contratado para treinar a equipe turca do Fenerbahçe, ajudando a popularizá-lo no Brasil. Comandando um time cujo elenco contava com vários ex-jogadores do futebol brasileiro (Alex, Edu Dracena, Deivid, Fábio Luciano e, posteriormente, Roberto Carlos, além do naturalizado turco Gökçek Vederson, do uruguaio Diego Lugano e do chileno Claudio Maldonado), ganhou em sua primeira temporada o campeonato turco e, na seguinte, levou a equipe às quartas-de-finais da Liga dos Campeões da UEFA de 2007-08, sendo esta a melhor participação de um clube da Turquia no principal torneio europeu de clubes.

[editar] BunyodkorEm 22 de Setembro de 2008, foi contratado para treinar a equipe Bunyodkor, do Uzbequistão, clube onde já jogava o astro Rivaldo, substituindo Mirjalol Qosimov, que assumira a Seleção Uzbeque.[43]

Zico ficou apenas pouco mais de quatro meses como técnico do Bunyodkor, o suficiente para trazer mais mídia para o futebol local, para conquistar a Copa do Uzbequistão de 2008,[44] em cima do rival Paxtakor e deixá-la na liderança do campeonato uzbeque, que o clube posteriormente também venceu. Além disso, o clube também chegou às semifinais da Liga dos Campeões da AFC.


Como técnico da CSKA Moscou, em abril de 2009.[editar] CSKA MoscouEm 9 de janeiro de 2009, anunciou a troca do Bunyodkor pelo CSKA Moscou, substituindo Valeriy Gazzayev.[45] Estreou na fase decisiva da Copa da UEFA contra o Aston Villa e a equipe se classificou para as oitavas-de-final da competição após um empate em 1 a 1 na primeira partida e uma vitória por 2 a 0 no jogo de volta, em casa.[46] Porém na fase seguinte, o seu clube foi eliminado pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e futuro campeão do torneio. No comando do CSKA, levou o time a conquistar a Copa da Rússia e a Supercopa da Rússia em 2009.

Em 10 de setembro foi demitido do clube.[47]

[editar] OlympiakosEm 16 de setembro, o Olympiakos anunciou sua contratação por dois anos. A decisão foi surpresa até para a família. Zico já assiste a partida contra o AZ Alkmaar, no Estádio Karaiskákis em Atenas, pela Liga dos Campeões da UEFA.[48]

Em 19 de janeiro de 2010, o clube anunciou o "fim de sua cooperação com o treinador" em um breve comunicado no sítio oficial.[49]

[editar] Seleção iraquianaEm 25 de agosto de 2011, embarcou para o Iraque para assumir a seleção do país com o principal objetivo de classificar a seleção para a Copa do Mundo de 2014. O contrato assinado tem validade até 2014, mas a ideia é permanecer até 2018.[4]

[editar] Dirigente esportivoEm 30 de maio de 2010, a convite da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, assumiu o cargo de diretor executivo de futebol do clube.[50] Em 1 de outubro de 2010, anunciou, em seu site pessoal, o pedido de demissão do cargo, segundo ele, por pressões sofridas dentro do clube.[51]

[editar] Comentarista esportivoEm 16 de fevereiro de 2011, foi anunciado como comentarista esportivo na TV Esporte Interativo.[3] Fez sua estreia em 22 de fevereiro na partida entre Lyon e Real Madrid.[52]

Em 28 de abril, estreou o seu próprio programa, também na TV Esporte Interativo, "Zico da Área" com o jornalista esportivo Mauro Beting e a participação do ex-futebolista Bebeto. O programa será semanal, toda quinta-feira às 20 horas e 30 minutos e terá a duração de 1 hora.[53][54]

[editar] FamíliaZico descende de portugueses tanto pelo lado materno como pelo lado paterno. O seu avô materno, Arthur[55] Ferreira da Costa Silva era de Oliveira de Azeméis e emigrou para o Rio de Janeiro nos últimos anos do século XIX. Estabeleceu-se com uma fábrica de cerâmica no bairro de Quintino. A mãe de Zico, Matilde Ferreira da Costa Silva (19 de Janeiro de 1919 — 17 de Novembro de 2002), nasceu já no Brasil.

O avô paterno, Fernando Antunes Coimbra, nasceu e viveu a maior parte da sua vida em Tondela. É aí que nasce José Antunes Coimbra (10 de Junho de 1901 — 12 de Novembro de 1986), que viria ser o pai do jogador. José Antunes Coimbra, aos 10 anos de idade, juntamente com sua família, emigra para o Brasil. Ainda que tenha saído de Portugal muito jovem, José sempre guardou uma grande ligação ao seu país de origem. Era, aliás, adepto do Sporting Clube de Portugal, porquanto seguiu durante grande parte de sua vida os relatos dos jogos de seu clube através da rádio.

Matilde Ferreira da Costa Silva e José Antunes Coimbra conheceram-se em 1926, José Antunes tinha 25 anos e era motorista na fabrica de cerâmica do pai de Matilde; esta tinha apenas sete anos de idade. Casaram 17 anos depois, em 1943; ela com 24 anos, ele já com 42. Do casamento nasceram seis filhos, cinco homens e uma mulher: a mais velha Zezé, Antunes(falecido em 8 de Janeiro de 1997), Zeca, Nando, Edu e Tunico, e finalmente Zico.[56] Zico nasceu na rua Lucinda Barbosa, número 7 em Quintino, às 7h00 de parto natural. O nome Arthur foi escolhido pela mãe por causa de seu avô (que viria a falecer um ano depois).

Zico conheceu Sandra Carvalho de Sá, que vem a ser irmã de Sueli, a esposa de seu irmão Edu, em 1969, em treinamento do Flamengo: ela passava pela Gávea para suspirar por seu ídolo do elenco flamenguista, o galã argentino Doval. Em 23 de Agosto de 1970, Zico e Sandra começam a namorar e casaram-se em 18 de Dezembro de 1975, na igreja de São José, na Lagoa. Zico e Sandra têm três filhos: Arthur Antunes Coimbra Júnior (nascido a 15 de Outubro de 1977), Bruno de Sá Coimbra (nascido a 16 de Outubro de 1978) e Thiago de Sá Coimbra (nascido a 6 de Janeiro de 1983).

sábado, 8 de setembro de 2012

Ronaldo ( Fenomeno )



                 RONALDO O FENOMENO





                                                           Ronaldo O FENOMENO

                                                              
Ronaldo Luís Nazário de Lima, mais conhecido como Ronaldo, Ronaldo Fenômeno ou ainda Ronaldinho (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1976), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante.
Já era conhecido como Ronaldo no início da carreira, sendo por algum tempo chamado de Ronaldinho. O diminutivo surgiu na Copa do Mundo de 1994, quando a Seleção Brasileira foi com dois Ronaldos; o mais velho, jogador doSão Paulo, tornou-se Ronaldão. Já o apelido de Fenômeno surgiu na imprensa italiana, na época em que ele defendia a Internazionale[1][2].
É o maior artilheiro da história das Copas do Mundo com quinze gols.[3] É um dos poucos jogadores que estiveram dos dois lados de duas grandes rivalidades europeias: ele defendeu os espanhóis Barcelona e Real Madrid e os milanesesInternazionale e Milan.
Iniciou seu caminho no futebol no futsal do Valqueire Tênis Clube,[4] transferindo-se cedo para o Social Ramos Clube do Rio de Janeiro, para logo em seguida mudar-se para o São Cristóvão, também carioca. Porém foi no Cruzeiro que se profissionalizou e alcançou a fama como atleta no segundo semestre de 1993.
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[5]

Carreira

Primeiros anos
Ronaldo teve uma infância pobre, embora não miserável.[1] Apaixonado por futebol, costumava matar aulas em Bento Ribeiro para dançar no clube Valqueire Tênis Clube, perto de sua casa.[4] Chegou a tentar treinar no Flamengo, mas por não ter dinheiro para pagar as quatro conduções até a sede do time,[1] foi parar no São Cristóvão. Além de ser mais perto de sua casa, o próprio clube lhe deu dinheiro para o transporte.[6]
Aos 14 anos, teve seu passe comprado pelos empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta por 7.500 dólares.[1][2] O jovem, que não conseguiu treinar no Flamengo, seria "perdido" por outros dois grandes clubes, Botafogo e São Paulo: para o alvinegro, o emprésario Reinaldo Pitta quis doar 50% do passe do jovem, que teria uma boa vitrine. Com a negativa, Ronaldo foi oferecido por 25 mil reais ao tricolor, que quis pagar 15 mil.[7]
Jairzinho o viu no São Cristóvão e pagou dez mil dólares pelo menino.[6] Revendeu-o para uma ex-equipe sua, o Cruzeiro. A equipe mineira ficou convencida a aceitá-lo após Ronaldo salvar-se em meio à má campanha da Seleção Brasileira sub-17 que disputou no campeonato sul-americano da categoria, em que o garoto foi artilheiro com oito gols,[8] enquanto o Brasil terminou em quarto lugar e fora do Campeonato Mundial de Futebol Sub-17 de 1993, primeira e única vez em que o time não se classificou para o torneio.
Cruzeiro e a Seleção
Foi com 16 anos que Ronaldo fez sua estreia no futebol profissional, defendendo o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro de 1993. Na Raposa, foi logo tratado como fora-de-série, sendo o primeiro atleta amador a viver na concentração dos profissionais. Antes do torneio nacional, Ronaldo havia disputado somente amistosos e partidas de nível local pelo Cruzeiro, além de acompanhar a delegação do time à Porto Alegre, onde ocorreria a decisão da Copa do Brasil, contra o Grêmio.[1]
Seu primeiro gol pelo time profissional foi marcado em amistoso contra a equipe portuguesa d'Os Belenenses, cuja torcida o aplaudiu de pé ao fim da partida. Voltou da excursão por Portugal despertando interesses italianos, recebendo a primeira sondagem daInternazionale de Milão, recusada mesmo com proposta de 500 mil dólares - uma valorização de 1000% do seu passe em cinco meses.[1] Já a primeira exibição em rede nacional de televisão foi em 7 de setembro daquele ano, em um jogo do seu clube, Cruzeiro, contra o Corinthians.[9][10]
Destaque da equipe cruzeirense naquele Brasileiro, Ronaldo marcou 12 gols no torneio nacional em 14 partidas, tendo sido o terceiro maior goleador da competição.[11][nota 1] Em uma de suas memoráveis partidas, o atacante marcou 5 gols contra o Bahia,[12]humilhando o celebrado goleiro adversário, o uruguaio Rodolfo Rodríguez, que perdeu a bola para ele em um dos gols. Jogando também na equipe júnior, foi artilheiro do Cruzeiro na Supertaça Minas Gerais e tirou o clube de um jejum de quatro anos sem vencer o rivalAtlético Mineiro na categoria.[1]
Ainda naquele ano, o jovem Ronaldo sagrou-se artilheiro da Supercopa da Libertadores, com 8 gols,[13] e foi convocado para jogar na Seleção Brasileira sub-17.[2] A decisão seguinte foi a Recopa Sul-Americana, contra o São Paulo. Nela, Ronaldo teve seu primeiro grande revés como profissional: a decisão encaminhou-se para os pênaltis e Zetti defendeu a cobrança do jovem, garantindo o título aos tricolores. O ano terminou com o seu passe valendo 10 milhões de dólares.[1]
Na temporada seguinte, em 1994, Ronaldo seguiu mais uma vez como destaque do Cruzeiro. O atacante foi o artilheiro doCampeonato Mineiro, com 22 gols.[14] Logo, o jovem jogador chamou a atenção de clubes europeus e, em uma transferência de 6 milhões de dólares, vai para o PSV Eindhoven (dos Países Baixos). Ronaldo deixou o Cruzeiro pouco antes da Copa do Mundo de 1994, com uma expressiva marca de 44 gols em 46 partidas.[15]
PSV Eindhoven
No PSV Eindhoven, dos Países Baixos, Ronaldo destacou-se mais uma vez como artilheiro, tendo marcado 54 gols em 57 partidas no total. No Campeonato Neerlandês, mesmo sem dominar a língua neerlandesa (o que lhe atrapalhava na comunicação com os colegas), foi artilheiro com 30 gols, doze a mais que o rival criado pela imprensa para ele, Patrick Kluivert, dois meses mais velho e jogador doAjax. O Ajax, cujo forte time seria campeão da Liga dos Campeões da UEFA, acabaria campeão também da Eredivisie - o PSV terminou em terceiro.[1]
A Inter de Milão continuava a rondar - ao final da temporada, em maio, um representante sondou os dirigentes do PSV, e o próprio vice-presidente foi conversar com o jogador na véspera de um Brasil x Uruguai (em que ele marcou os dois gols na vitória por 2 x 0). Os interistas, no momento, acabaram fechando com outro membro da delegação brasileira, Caio.[1]
Ainda em 1995, seus primeiros problemas no joelho começaram a se manifestar. A primeira cirurgia ocorreria em fevereiro do ano seguinte, após uma ressonância magnética constatar inflamações nos joelhos e calcificação no direito,[1] joelho em que passou então por uma "raspagem" na cartilagem.[2] Apesar da recomendação de passar por uma recuperação lenta, no final de abril Ronaldo já estava de volta aos campos, mas frequentando o banco. A reserva imposta pelo técnico Dick Advocaat começou a irritá-lo. Ronaldo não perdoaria o treinador após ser usado apenas nos quinze minutos finais da decisão da Copa dos Países Baixos. O torneio foi conquistado, no que seria a última partida do jovem na equipe da Philips: voltaria dos Jogos Olímpicos de Verão de 1996 já como jogador do Barcelona.[1]
Barcelona
Eleito melhor do mundo


Ronaldo cobrando um pênalti pela equipe do Barcelona contra o Paris Saint-Germain, na final da UEFA Cup Winners' Cup de 1997.
No meio daquele ano, Ronaldo transferiu-se para o Barcelona, da Espanha, por 20 milhões de dólares, à semelhança de sua dupla de ataque na Seleção Brasileira, Romário, outro a sair do PSV rumo ao Barça. Ronaldo faria juz ao dinheiro gasto, fechando o ano de 1996com dezessete gols em vinte partidas.[1] Acabaria eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo pela FIFA. Suas atuações lhe valeram o apelido de El Fenómeno.
A temporada 1996/97, sua única pelo clube catalão, encerrou-se sem o título espanhol, que por dois pontos ficou com o rival Real Madrid. Ainda assim, Ronaldo, artilheiro do Espanhol com 34 gols em 37 jogos, levantou a Copa do Rei e a Recopa Europeia, com gol dele na decisão contra o Paris Saint-Germain. Feliz na Catalunha, foi com espanto que divulgou-se que a Internazionale finalmente conseguira acertar com ele, pagando a multa rescisória de 32 milhões de dólares;[1] a razão teria sido a negação do presidente blaugrana Josep Lluis Núñez em aumentar o salário do atacante.
Internazionale
Surge o apelido "Fenômeno"


Foi na Inter que o fenômeno viveu uma de suas piores crises, com a contusão em 2000 contra a Lazio, e de suas melhores glórias com a conquista da Copa do Mundo de 2002.
Os empresários Pitta e Martins, que pediram pelo aumento, negociaram com outras equipesitalianas, dentre elas Juventus e Lazio, até fechar com a Inter. Ronaldo estava na Noruega, onde o Brasil faria amistoso contra a seleção local (perderia por 2 x 4), quando a transferência foi concretizada, e não escondeu a decepção em deixar o Barcelona. Ainda assim, declarou-se feliz com o desafio de jogar na Itália.[1] O contrato seria assinado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde realizava-se a Copa América.
A Inter não ganhava o Campeonato Italiano havia sete anos e Ronaldo, usando a camisa 10 (o seu característico número 9 pertencia ao chileno Iván Zamorano) não decepcionou o clube: encerrou o ano de 1997 com quatorze gols em dezenove jogos oficiais, e novamente eleito omelhor jogador do mundo pela FIFA. A entusiasmada imprensa italiana o apelidou de Il Fenomeno[1][2][16]. Recebeu também a Bola de Ouro da France Football (a publicação francesa o ignorara no ano anterior em favor do alemão Matthias Sammer).
Na Inter, Ronaldo continuou a fazer seus gols e terminaria o campeonato na vice-artilharia, com 25, dois a menos que o alemão Oliver Bierhoff, mas sendo o estrangeiro que mais gols fez em sua temporada de estreia na Serie A.[1] Entretanto, o título seria polemicamente perdido para a arquirrival Juventus, em um confronto direto em que um pênalti não-marcado de Mark Iulianosobre ele repercutiu por semanas no país.[1] 1997/98 veria como consolação o título da Copa da UEFA.
As primeiras graves lesões
A temporada 1998/99 começou com a sua convulsão pouco antes da final da Copa do Mundo de 1998 ainda rendendo comentários. A Inter fez um campeonato ruim e viu o outro rival, o Milan, ganhar o título. Usando finalmente o número 9 (Zamorano ficou com a camisa 1+8), Ronaldo pouco jogaria pelos nerazzurri, por diversos fatores: ora tendinite, ora compromissos com patrocinadores (Brahma, Parmalat, Pirelli e Nike[1]), ora a Seleção Brasileira. 1999/00 seria de menos partidas ainda: em jogo contra o Lecce, estourou o joelho e teria de esperar cinco meses para voltar aos gramados.[1]
Ronaldo voltou em 12 de abril de 2000, uma semana após o nascimento de seu filho Ronald, em jogo válido pelas decisões da Copa da Itália, contra a Lazio. Mal entrou em campo, seu joelho direito cedeu no primeiro drible, saindo do lugar. No dia seguinte, iniciou nova recuperação, desta vez bem mais lenta: oito meses foram inicialmente previstos, que depois resultariam em quinze. 2001 veio e Ronaldo continuou sua volta gradual e cuidadosamente. Voltou a jogar oficialmente em partida da Copa da UEFA, contra o Braşov, daRomênia. Pequenas contraturas e estiramentos, entretanto, impediram-no de jogar normalmente naquele ano.[1]
A temporada 2001/02 prosseguiu com ele sendo utilizado ocasionalmente.[1] A Inter liderava o campeonato e poderia finalmente quebrar o jejum, que se arrastava já havia doze anos. Na última rodada, a adversária seria a mesma Lazio que trazia más recordações ao atacante. Acaso ou não, a Internazionale perdeu por 2 x 4 e a taça parou na rival Juventus. Substituído no decorrer do jogo, Ronaldo chorou para as câmeras.
Tempos de mudança vieram após a surpreendente Copa do Mundo de 2002. Milão recebeu de braços abertos o comandante do pentacampeonato da Seleção Brasileira. Ronaldo, entretanto, começou a forçar a sua saída. A razão seria a permanência do técnicoHéctor Cúper, a quem acusava de usá-lo em campo sem condições físicas. Ronaldo deixou a Inter tendo ganho apenas uma Copa da UEFA em cinco anos, com a torcida sentindo enorme ingratidão do brasileiro: para eles, o atacante virou Il Fuggitivo,[1] ainda mais em função de que outra razão para a saída seria a insatisfação do jogador em receber menos que os colegas Álvaro Recoba e Christian Vieri.
Real Madrid
Inicialmente, Ronaldo se ofereceu à sua ex-equipe, o Barcelona. Em crise, o clube catalão não podia arcar com a multa rescisória. O rival Real Madrid então veio e, por 39 milhões de euros, o levou em 31 de agosto de 2002, quando se esgotava o prazo para as inscrições na temporada 2002/03.
Estreou no clube merengue em partida contra o Alavés. Marcou duas vezes em vitória por 4 x 2. Apesar da ótima estreia, sofreria com vaias nos jogos seguintes, em decorrência da frequência apenas razoável de gols, e também pelo fato de que seus substitutos contumazes - Fernando Morientes, Guti e Javier Portillo - costumarem marcar nos poucos minutos em que tinham em campo. Substituições, por sinal, frequentes: nos 35 primeiros jogos em que fez pelo Real, saiu no decorrer de 22 partidas.[1]
Mesmo eleito pela terceira vez o melhor jogador do mundo pela FIFA ao final de 2002, as vaias só sossegaram após sua grande atuação contra o Manchester United, na Liga dos Campeões da UEFA. Na casa do adversário, em Old Trafford, Ronaldo marcou três vezes na derrota por 3 x 4, que classificou o time às semifinais.[17] Entretanto, novamente a Juventus apareceu-lhe: o clube italiano acabou eliminando os blancos nas semifinais. A frustração foi compensada com o título espanhol, o primeiro campeonato nacional em que Ronaldo saboreou conquistar. O troféu, disputado acirradamente com a Real Sociedad, foi garantido com vitória sobre o Athletic Bilbao com dois gols dele, que, com 23 tentos, foi o artilheiro da Liga.
Ronaldo foi a terceira contratação dita galáctica do time madrilenho: os dois primeiros foram seu ex-colega de Barcelona, Luís Figo, em 2000; e o francês Zinédine Zidane, em 2001. O clube reunia ainda as estrelas mundiais Raúl e Roberto Carlos. A temporada de 2003/04 começou com um novo galáctico, este em que o peso das receitas de marketing eram assumidamente maiores do que o da técnica: David Beckham.[18]
O estelar elenco acabaria naufragando nos torneios: ficou apenas em quarto no Espanhol, perdeu a decisão da Copa do Rei para o fraco Real Zaragoza e, na Liga dos Campeões da UEFA, caiu ante ao futuro vice-campeão Monaco. O jejum continuou na de 2004/05 e 2005/06; para piorar, foram temporadas em que o rival Barcelona conseguiu o título espanhol em ambas, além da Liga dos Campeões da UEFA na segunda.
A temporada 2006/07 começou sem Florentino Pérez, responsável pelas contratações galáticas, na presidência, e com o clube preocupando-se em voltar aos títulos. Ronaldo passou a ser sombreado pela contratação de Ruud van Nistelrooy.[19] Sem espaço, constantemente criticado pelo seu peso, Ronaldo decidiu deixar o Real no decorrer da temporada.
Milan
Acertou sua volta à Milão, mas não na Internazionale e sim em um rival: o Milan. A transferência foi oficializada em 18 de janeiro de2007 pela bagatela de 7,5 milhões de euros, e Ronaldo recebeu a camisa de número 99, já que a 9 já pertencia a Filippo Inzaghi.
O Milan tinha poucas condições de vencer o Campeonato Italiano: iniciara a competição com oito pontos negativos, como punição do envolvimento do clube no que ficou conhecido como Calciocaos, escândalo de manipulação de resultados. Na Liga dos Campeões da UEFA, Ronaldo não poderia jogar: o regulamento impedia que um mesmo jogador defenda duas equipes diferentes, e ele já havia atuado pelo Real. Acabaria assistindo das tribunas os colegas vencerem o torneio. No Milan, ele voltou a deixar crescer os cabelos, em uma forma de diferenciar-se dos tempos de Internazionale, onde ostentava uma careca bem raspada.
A estrutura do clube rossonero permitiu-lhe descobrir que possuía hipotireodismo, razão de sua engorda. Ronaldo tratou o problema e iniciou a temporada 2007/08 cinco quilos e meio mais magro.[20] O Fenômeno também formou um trio com os compatriotas Kaká eAlexandre Pato denominado Ka-Pa-Ro.
A promissora temporada, entretanto, acabaria para ele em 13 de fevereiro de 2008, no jogo contra o Livorno. Após substituir Gilardinono segundo tempo, Ronaldo, em sua primeira participação no jogo, acabou se lesionando na hora de um salto, saindo de campo em seguida chorando, em uma noite que relembrou a ocasião em que lesionou o joelho contra a Lazio, em 2000.[21] A temporada 2007/08 encerrou-se com Ronaldo parado e desligado do Milan, que decidiu não renovar o seu contrato.
Treinamento no Flamengo
Após sua saída do Milan, Ronaldo manifestou algumas vezes o desejo de defender o Flamengo, do qual é torcedor declarado. O craque chegou a treinar no clube da Gávea a partir de setembro[22] para recuperar-se da cirurgia no joelho. Já havia sido sondado pelo time do coração no início do ano, quando o Flamengo estava fazendo propostas para a disputa da Copa Libertadores da América.[23]Na ocasião, porém, as conversas não prosseguiram.
Já há vários dias no centro de treinamento do Flamengo, ao que parecia ele voltaria ao futebol europeu, onde havia boatos de sua contratação pelo Manchester City,[24] da Inglaterra, e o Paris Saint-Germain,[25] da França.
Corinthians


Ronaldo com o ex-presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, em Brasilia, 2 de Julho de2009.
A princípio, o interesse do Corinthians na contratação de Ronaldo foi tratado como algo impossível no Parque São Jorge. Em uma reunião para falar sobre a permanência do atacante Morais na equipe corintiana, também empresariado por Fabiano Farah, o assunto Fenômeno surgiu na pauta. Após vários dias treinando na Gávea e sem receber nenhum projeto para ficar no clube,[26] Ronaldo acertou a sua volta ao Brasil depois de 14 anos[27] pelo Corinthians.[28][29] Em 9 de dezembro de 2008, o anuncio da contratação do Fenômeno foi feito pelo presidente corintiano Andrés Sanchezatravés do site oficial do clube. Em 12 de dezembro, a diretoria organizou uma festa pela chegada do jogador no clube com a presença de torcedores no Estádio Alfredo Schürig.[30] Ronaldo assinou oficialmente o contrato em 17 de dezembro.[31] De acordo com o contrato, o atacante receberia o valor fixo de 400 mil reais mais o valor do patrocínio na camisa do clube, onde 20% seriam do patrocinador principal e 80% da manga e calção.
Durante os primeiros dois meses no Corinthians, Ronaldo realizou trabalhos físicos para que pudesse ter condições para retornar aos gramados. Aos poucos, o jogador começou a treinar junto aos demais atletas do elenco corintiano[32] e aumentavam as expectativas para sua reestreia no futebol brasileiro.[33]
No dia 4 de março de 2009, Ronaldo fez seu retorno ao futebol em partida contra o Itumbiara pela Copa do Brasil. O jogador, que começou o jogo entre os reservas, jogou por vinte e sete minutos durante o segundo tempo.[34][35]


Contra o Itumbiara na Copa do Brasil de 2009, Ronaldo entrou aos 32 min. do 2º tempo e fez sua estreia pelo Timão.
Na partida seguinte, no clássico contra o Palmeiras, em 8 de março de 2009, peloCampeonato Paulista o técnico Mano Menezes novamente deixou Ronaldo entre os reservas e o colocou durante o segundo tempo. E aos 47min do segundo tempo, o "Fenômeno" marcou seu primeiro gol como jogador do Corinthians (de cabeça, após cobrança de escanteio realizada por Douglas), gol este que assegurou o empate contra a equipe palmeirense.[36][37] O gol foi assunto em vários portais de notícias em todo o mundo.[38] Três dias depois, em sua terceira partida após seu retorno ao futebol, contra oSão Caetano, Ronaldo foi escalado pela primeira vez como titular. Além de jogar durante mais de 80 minutos, o atacante marcou o gol da vitória corintiana.[39][40] Nesta campanha do Corinthians no Campeonato Paulista, Ronaldo mostrou-se um dos principais jogadores da equipe, mesmo muito acima do seu peso ideal, marcou oito gols nas dez partidas que disputou,[41] e novamente chamou a atenção internacional por suas atuações destacadas, especialmente na segunda partida da semifinal contra o São Paulo[42][43][44] e na decisão contra o Santos, onde o Corinthians sagrou-se campeão do Paulistão daquele ano.[45][46][47][48] Ainda neste mesmo ano, foi fundamental para o título da Copa do Brasil, marcando um gol na partida de ida da decisão, contra o Internacional, e garantindo a vaga para a Copa Libertadores da América do ano seguinte. Finalizou sua primeira temporada no Timão com um total de 23 gols, sendo 12 deles pelo Campeonato Brasileiro.
O ano de 2010 não foi tão bom para Ronaldo. Em má forma e sofrendo com seguidas lesões, o Fenômeno entrou em campo poucas vezes naquele ano e viu o Corinthians ser eliminado pelo Flamengo na Libertadores, principal ambição do clube no ano de seucentenário. Neste ano, foram apenas 27 partidas realizadas pelo jogador, sendo onze pelo Campeonato Brasileiro, onde marcou seis gols.
Jogando com a camisa do Corinthians, Ronaldo foi campeão logo nos dois primeiros torneios que disputou: Campeonato Paulista 2009e Copa do Brasil 2009. Além dos resultados esportivos, a parceria entre Ronaldo e Corinthians também rendeu fora de campo, onde o valor de patrocínio do clube chegou a 30 milhões de reais, maior valor pago a um clube brasileiro na história.[49] Porém, o principal propósito do time corintiano, a Copa Libertadores da América, não foi conquistado pelo jogador, já que o time foi eliminado peloFlamengo em 2010, devido a regra do gol fora de casa, e pelo Deportes Tolima em 2011, ainda na fase preliminar, conhecida como Pré-Libertadores.
Todos os gols de Ronaldo pelo Corinthians:
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Aposentadoria
Após a desclassificação precoce na Copa Libertadores da América de 2011, Ronaldo não conseguiu mais suportar suas dores físicas, e decidiu anunciar oficialmente a sua aposentadoria em 14 de fevereiro de 2011, numa coletiva de imprensa. Segundo ele, sua aposentadoria se deu pelo fato de estar enfrentando seguidas lesões, inclusive revelando que sofria hipotireoidismo, um disturbio metabólico que desacelera o metabolismo e dificulta a perda de peso. O jogador afirmou que o problema poderia ser resolvido com ingestão de hormônios, porém, esta prática é proibida no futebol, e acarretaria numa suspensão por doping.[50][51][52] Porém, médicos discordam que o tratamento seja confundido com doping[53] e o próprio médico do clube Corinthians afirmou que Ronaldo não tinha esta doença[54]. Além do mais esta doença evita emagrecer mas não engorda.[54]

O início Seleção Brasileira
Ronaldo recebeu as primeiras convocações para as seleções de base do Brasil quando ainda estava no São Cristóvão. Foi artilheiro do Campeonato Sul-Americano de juniores na Colômbia, em 1993,[1] sendo o único destaque individual do time que terminou apenas em quarto lugar e fora do Campeonato Mundial de Futebol Sub-17 de 1993.[8] Recebeu a primeira chance na principal em março de 1994, às vésperas da Copa do Mundo naquele ano, em jogo contra a Argentina.
Foi usado também em amistoso contra a Islândia em maio, o último antes da convocação a ser feita pelo técnico Carlos Alberto Parreira. Ronaldo marcou um dos gols na vitória por 3 x 0 e foi incluído pelo treinador entre os 22 convocados, desbancando o experiente Evair. Já nos Estados Unidos, entretanto, não agradou a Parreira nos treinamentos, e foi deixado de lado. Na decisão, muitos já pediam pelo garoto de dezessete anos, o mais jovem daquele mundial, mas Parreira preferiu chamar do banco Viola.[1]
Ainda assim, o jogador, campeão sem jogar, já despertava certezas de seu potencial. Enzo Bearzot, técnico da Itália na vitoriosa Copa do Mundo de 1982, já o chamava de "fenômeno",[1] e o pensamento geral era de que o garoto triunfaria na Copa seguinte. Um ano depois, Ronaldo conseguiu seu primeiro troféu com a Seleção principal, em um torneio amistoso organizado pela Umbro entre as Seleções cujos uniformes eram feitos pela empresa britânica. Ele marcou um dos gols no 3 x 1 contra a Inglaterra, em plenoWembley, na decisão.[1] Em 1995, ainda sem espaço, integrou o grupo que disputou e perdeu a Copa América daquele ano, para o anfitrião Uruguai.
Já como seu lugar Seleção, retornou com a delegação brasileira aos Estados Unidos, agora para participar das Olimpíadas de 1996. Devido à recuperação da lesão que lhe tirara lugar no PSV, Ronaldo foi poupado da partida inaugural, com o técnico Zagallo escalandoSávio em seu lugar. Como o Brasil vergonhosamente perdeu para o Japão, foi escalado como titular já no segundo jogo.[1] Nos Jogos de Atlanta, Ronaldo marcaria cinco gols e seria um dos poucos poupados[1] quando o Brasil caiu nas semifinais perante a Nigéria, restando um bronze decepcionante.
Como a grande estrela
Um ano depois, agora uma estrela mundial, vindo de grande temporada no Barcelona, Ronaldo jogou a Copa América de 1997 e voltou campeão, com cinco gols marcados, jogando contra a anfitriã, a Bolívia, na altidude de La Paz (em que ele marcou uma vez na vitória de 3 x 1). Pouco depois, participou ativamente do primeiro título do Brasil na Copa das Confederações de 1997. Todavia, tinha de conviver em meio à conquista com um séquito de jornalistas à caça de sua imagem, tirando-lhe bastante espaço, tranqulidade e calma.[6] Um ano depois, sendo o principal personagem e referência da seleção - ainda mais após o corte de Romário -, jogou pela primeira vez uma Copa do Mundo.
O mundial da França, no ano seguinte, prometia ser a sua consagração. Ronaldo, que foi ao torneio como duas vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA, marcou quatro vezes: um contra o Marrocos (3 x 0), na primeira fase; dois contra o Chile (4 x 1), nas oitavas; e um contra os Países Baixos (1 x 1), nas semifinais, tendo ainda acertado a sua cobrança na decisão por pênaltis nesta partida. Tudo isso a despeito de sofrer com lesões na perna (que ele tratava com analgésicos), agravadas na partida contra o Marrocos; na Copa de 1998, Ronaldo deu arranques curtos seguidos por períodos de quase apatia em campo. A mídia também não ajudava: durante o torneio, mais de mil jornalistas andavam atrás do astro, bem como os patrocinadores.[6]
Horas antes da decisão, contra a anfitriã França, Ronaldo foi abatido por uma misteriosa convulsão, diagnosticada desde como estresse até como ataque epilético. Deixou o hospital onde foi levado apenas 75 minutos antes da partida. Vendo que seu principal jogador não tinha condições de jogo, Zagallo optou por escalar Edmundo em seu lugar, mas o próprio Ronaldo apareceu, a 40 minutos do início da partida, declarando-se apto, o que dividiu o grupo entre aqueles que defendiam não mais alterações na escalação, já divulgada, como aqueles que queriam a inclusão do Fenômeno entre os finalistas titulares.[6]
Ronaldo mal andou em campo, apenas observando os franceses ganharem por 3 x 0 e levarem pela primeira vez a Copa. O assunto continuou a render por muito tempo, sendo abordado até quando Ronaldo foi chamado a comparecer em uma CPMI, em 2001.[1] Uma provável causa foi os altos níveis de estresse decorrentes da pressão exercida pela imprensa, patrocinadores e da torcida brasileira, que esperava muito dele.[6]
Como na Copa de 1998, na Copa América de 1997 e nas Olimpíadas de 1996, marcou outros cinco gols na Copa América de 1999, dois deles contra os rivais Argentina (2 x 1, quartas-de-final) e Uruguai (3 x 0, decisão). Afastado dos jogos da Internazionale devido ao joelho estourado, acabou não chamado para a Copa das Confederações de 1999, em que o Brasil perdeu o título para o México. Seguidas lesões no joelho, a mais grave em 2000, foram lhe afastando também da Seleção.
Renascendo para a Seleção e o futebol


Fachada do prédio Oberbaumbrücke na Berlin-Kreuzberg, retrada Ronaldo eRonaldinho com a camisa da seleção.
Sem ritmo de jogo e com uma imensa cicatriz no joelho direito, foi ainda assim chamado para aCopa do Mundo de 2002 por Luiz Felipe Scolari. Depois de dois anos, voltou a jogar pela Seleção em março, em amistoso contra a Iugoslávia. Voltou a marcar no final de maio, contra aMalásia.[1] A Copa veio e o Fenômeno ressurgiu, marcando oito vezes, deixando de anotar um tento apenas contra a Inglaterra. A artilharia do mundial incluiu os dois gols na decisão, contra a Alemanha.
A campanha na Copa foi determinante para que ele voltasse a ser levado seriamente, bem como para que recebesse pela terceira vez o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA, ao final do ano. Ronaldo voltou a ser intocável na Seleção, o que incluiu regalias dadas pelo técnico Carlos Alberto Parreira, que o dispensava de competições menos priorizadas, costumando chamá-lo apenas para as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Quatro anos se passaram sem que Ronaldo disputasse algum torneio pelo Brasil, só sendo chamado por conta do mundial da Alemanha. Na ocasião, ele já não era a maior estrela do Brasil, e sim seu xará e fã Ronaldinho Gaúcho, com quem compunha o "Quadrado Mágico", ao lado de Kakáe Adriano.
Na Copa, o país apresentou um futebol decepcionante. Ronaldo foi ao torneio longe da melhor forma física. Ainda assim, demonstrou lampejos de craque, marcando três vezes. O terceiro deles, que o fez ultrapassar o alemão Gerd Müller e tornar-se, com a soma de quinze gols, o maior artilheiro das Copas do Mundo, surgiu em bela jogada individual em que driblou o goleiro de Gana. A partida, válida pelas oitavas-de-final, terminou com vitória canarinha por 3 x 0 e abriu esperanças de uma revanche contra a França de Zinédine Zidane, carrasco do mundial de 1998 e colega de Ronaldo no Real Madrid.
Os brasileiros, entretanto, jogaram apaticamente contra os franceses, e Zidane exibiu sua melhor forma, chegando a realizar um drible de chapéu em Ronaldo. O Brasil terminou eliminado ali e o Fenômeno foi um dos crucificados pela interrupção do sonhado hexacampeonato, não sendo mais chamado pela Seleção desde então.
Pós-carreira

Após sua aposentadoria da carreira como futebolista, em fevereiro de 2011, Ronaldo passou a dedicar-se ao ramo empresarial,[56]fundando a 9ine, uma empresa de marketing esportivo responsável por gerenciar carreiras de esportistas. Atualmente, a agência conta com nomes de peso do esporte mundial, como os também futebolistas Neymar e Paulo Henrique Ganso e o lutador Anderson Silva.[57][58] O "Fenômeno" já anunciou que futuramente a empresa pretende expandir seus negócios e agenciar também artistas ecantores.[59] Em 1 de dezembro de 2011, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, confirmou que Ronaldo será também membro do comitê organizador da Copa do Mundo FIFA de 2014, que será realizada no Brasil.[60]

Polêmica A função de Ronaldo na organização da Copa do Mundo é, de fato, importante. Tanto que a notícia chegou ao presidente da entidade máxima do futebol, a FIFA. Joseph Blatter se disse muito satisfeito com o "compromisso de Ronaldo de contribuir para o sucesso da Copa do Mundo".[61] Em 14 de fevereiro de 2012, Ronaldo comemorou o primeiro ano desde sua aposentadoria do futebol num jantar para amigos realizado em São Paulo.[62]
Nas passagens pelos clubes Real Madrid, Milan e Corinthians Ronaldo conviveu com diversas críticas por seu excesso de peso, presença em festas e até mesmo pelo fato de ser fumante. Em seus últimos meses de Corinthians, sofreu severas críticas da torcida, que cobrava mais empenho e dedicação.
Na Europa, criou polêmica ao vestir as camisas de Barcelona e Inter de Milão, e depois jogar pelos rivais Real Madrid e Milan.
Durante toda sua carreira, a grande polêmica protagonizada por Ronaldo aconteceu na madrugada do dia 28 de abril de 2008, quando passava férias no Rio de Janeiro. Depois de uma festa na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, na qual comemorava uma vitória doFlamengo, Ronaldo passou pela orla da Barra, e chamou o travesti André Luiz Ribeiro Albertini, conhecido como Andréia Albertini, a quem levou para o motel Papillon. A eles se juntaram ainda outros dois travestis. Ainda no motel o travesti decidiu chantagear Ronaldo[63] No fim de 2008, o caso chegou aos tribunais. André chegou a dizer que Ronaldo procurava drogas e posteriormente foi acusado formalmente por extorsão contra o jogador.
Em 3 de outubro de 2008 o apartamento em que morava Albertini pegou fogo, morrendo um travesti que era seu colega de quarto.[64]
André Albertini morreu no início de julho de 2009, aos 22 anos,[65] na cidade de Mauá, devido a uma meningite[66] — de acordo com o hospital que a atendeu, a meningite se manifestou pelo do enfraquecimento do sistema imunológico em decorrência de AIDS.[67][68]
Já aposentado, Ronaldo passou ser questionado por suas relações políticas e comerciais com Ricardo Teixeira


Samuel Eto'o


   


                                                                                         Samuel Eto ´o















 Carreira


[editar]Real Madrid

Samuel Eto'o chegou ao Real Madrid em 1997, mas, por ser menor de idade, ele só poderia treinar com o Real Madrid B, a equipe reserva do clube. Acontece que naquela temporada o Real Madrid B disputava a terceira divisão nacional, conhecida como Segunda Divisão B, onde os jogadores não europeus não são permitidos. Então Eto'o foi então emprestado ao Leganéspara jogar a Segunda Divisão da temporada 1997-98, amargando o décimo terceiro lugar. Depois de fazer 30 partidas pelo clube e marcando apenas 4 gols, voltou ao Real Madrid ao final daquela temporada. Em janeiro de 1999, ele foi emprestado ao Espanyol, mas não conseguiu fazer nenhuma aparição pelo clube.

[editar]Mallorca

Na temporada seguinte, na janela de transferências de inverno, ele foi para oMallorca por empréstimo, marcando 6 gols em 19 jogos. No final da temporada, Eto'o deixou o Real Madrid, assinando um acordo permanente com o Mallorca por um recorde de transferência do clube de 4,4 milhões delibras.
Em sua segunda temporada, ele marcou 11 gols e começou a atrair a atenção durante todo o campeonato. O presidente do clube, Mateo Alemany, falou sobre seu estilo de jogo: "Eu duvido que exista qualquer outro jogador no mundo que iria agradar mais aos torcedores neste momento." Eto'o comentou sobre sua ascensão ao estrelato: "Gosto de estar aqui noMallorca, sempre fui bem tratado, os torcedores me apreciam e eu também tenho um contrato que vigor até 2007." Ele conquistou ainda mais a simpatia dos torcedores quando doou 30 mil euros em refeições para a viagem dos torcedores do Mallorca que foram assistir a final da Copa do Rei contra oRecreativo Huelva, em 2003. O Mallorca venceu o jogo 3 a 0, com Eto'o marcando os últimos dois gols que selaram a vitória. No entanto, seu comportamento volátil resultou em diversos incidentes fora de campo. Bartolome Terrassa, um jornalista da televisão, apresentou uma queixa formal após um encontro com Eto'o no estacionamento do clube, acusando o jogador de dizer: "Da próxima vez, você não vai escapar, eu vou matar você ". No entanto, este não foi o primeiro incidente envolvendo o jogador, que no ano anterior havia sido acusado por seu ex-agente, Daniel Argibeaut, de tê-lo assaltado com quatro cúmplices. Daniel Argibeaut afirmou: "Eles então tiraram meus sapatos, o que em Camarões significa que estou ameaçado de morte."
Eto'o saiu do Mallorca como maior artilheiro da história do clube com 54 gols em competições nacionais quando assinou com oBarcelona no verão de 2004 por 24 milhões de euros após longas negociações de três vias com Mallorca e Real Madrid. Inicialmente, o presidente do Real MadridFlorentino Pérez, queria comprar de volta os direitos da transmissão integral e emprestá-lo novamente, mas acabou que o negócio com o Barcelona provou ser lucrativo o suficiente para garantir uma venda. Além disso, o Real Madrid já contava em seu elenco com os três jogadores não europeus permitidos.

[editar]Barcelona

Eto'o fez sua estreia no clube na abertura da temporada contra a equipe do Racing Santander, em 29 de agosto de 2004. Depois do Barcelona ganhar o título de La Liga em 2005, a equipe organizou uma festa no Camp Nou, durante o qual Eto'o exaltou aos fãs cantando "Madrid, cabrón, saluda al campeón" (Madrid, seus bastardos, saúdam os campeões). A Real Federação Espanhola de Futebol multou Eto'o em 12 mil euros por seus comentários, sendo que depois ele se desculpou. Ele lamentou e pediu perdão do Real Madrid, seu primeiro time profissional. O chefe da federação do clube de fãs do Real Madrid ficou impressionado no entanto, afirmando: "Esse cara é um jogador fantástico, mas ele deixa muito a desejar como pessoa". Ele assinou um contrato melhor com o Barcelona FC em junho de 2005. Poucos dias depois, Lionel Messi fechou um acordo semelhante, Eto'o também era bastante conhecido pelas suas arrancadas de quase 30km/h.
Depois de perder o troféu Pichichi do ano anterior, que é dado ao artilheiro da La Liga, Eto'o superou o atacante do ValenciaDavid Villa na última rodada do campeonato, no dia 20 de maio de 2006, quando ele marcou seu 26° gol na temporada contra o Athletic Bilbao. Eto'o foi muito gentil com os seus companheiros após o jogo dizendo: "Tem sido um esforço da equipe, embora apenas uma pessoa receba o prêmio. Trabalhamos arduamente durante toda a temporada e agora recebemos a nossa justa recompensa."
Eto'o também contribuiu com seis gols durante a corrida do Barcelona rumo ao título da Liga dos Campeões 2005-06. Na final, o goleiro do ArsenalJens Lehmann foi expulso logo no início da partida por derrubar Eto'o fora da área, os catalães se esforçaram para tirar vantagem de um homem a mais na partida até que Eto'o marcou o gol de empate no segundo tempo. O Barcelona acabou por vencer a partida por 2 a 1 e Eto'o foi premiado como o Melhor Atacante do Ano pela UEFA pelos seus feitos na campanha europeia.
Eto'o também ganhou um histórico de ser premiado pela terceira vez consecutiva como Jogador Africano do Ano naquela temporada. Ele disse em seu discurso de agradecimento, "Acima de tudo, dedico isso a todos os filhos da África." Ele também foi escolhido pela segunda vez pela FIFPro World XI e terminou em terceiro na disputa pelo prêmio de Melhor Jogador do Mundo FIFA no ano de 2005, tornando-se apenas o segundo jogador africano a ficar entre os três primeiros colocados.
Eto'o atuando pelo Barcelona.
A temporada 2006-07 começou mal para Eto'o, ele rompeu o menisco do joelho direito durante aLiga dos Campeões, no jogo contra o Werder Bremen, em 27 de setembro de 2006. O médico da equipe do Barcelona inicialmente estimou que a lesão o deixaria de fora entre 2 e 3 meses. Após a operação, o tempo de recuperação de Eto'o foi prorrogado por 5 meses, mas ele voltou a treinar com o Barcelona no início de janeiro de 2007.
Eto'o se recusou a entrar como substituto em uma partida do campeonato contra o Racing Santander, em 11 de fevereiro de 2007. O técnico do BarcelonaFrank Rijkaard, disse após a partida, "Ele não quis vir, eu não sei porquê." Ronaldinho foi crítico das ações de Eto'o, dizendo que Eto'o não estava colocando a equipe em primeiro lugar, mas Eto'o refutou o comentário, alegando que ele não entrou na partida, por não ter um tempo correto de aquecimento. Três meses depois, Eto'o disse: "Este tipo de coisas geralmente são apenas especulação e não vêm até mim. No entanto, se é verdade que sou um problema para minha equipe, então eu irei. Mas como eu disse, estou feliz aqui. A imprensa pode escrever o que quiserem." Após os comentários, o presidente do BarcelonaJoan Laporta foi rápido para reprimir os rumores de transferências envolvendo Eto'o e Ronaldinho Gaúcho.
Depois de uma lesão no menisco em 28 de agosto de 2008 , durante um amistoso contra aInternazionale, Eto'o foi afastado por tempo indeterminado. Em 17 de outubro, no meio do seu período de recuperação, ele ganhou a cidadania espanhola. Ele foi liberado para jogar novamente em 4 de dezembro, e voltou a jogar uma semana depois na liga na vitória do Barcelona por 2 a 1 sobre o Deportivo La Coruña.
Eto'o fez seu primeiro hat-trick na partida contra o Levante, em 24 de fevereiro de 2008. Ele terminou com um total de 16 gols em 18 partidas na temporada. Em 25 de outubro, fez o mais rápido hat-trick da história do clube após marcar três vezes em 23 minutos em uma vitória sobre o Almería. Apenas dois jogos depois, no dia 8 de novembro de 2008, Eto'o marcou quatro gols no primeiro tempo de jogo do Barcelona contra o Real Valladolid, que terminou 6 a 0.
Em 29 de novembro de 2008, ele marcou seu 111º gol pelo Barcelona na vitória por 3 a 0 sobre o Sevilla, deixando-o entre os dez maiores artilheiros do clube de todos os tempos .
Em 14 de fevereiro de 2009, ele marcou seu 99° e seu 100° gol pelo Barcelona na liga no empate em 2 a 2 com o Real Betis. Eto'o marcou o seu 30º gol da temporada 2008-09 em uma partida da La Liga contra o Real Valladolid. O jogo terminou 1 a 0 e fez com que o Barcelona mantivesse uma vantagem de seis pontos sobre o Real Madrid na liga. Ele também marcou contra o Villarreal no jogo que colocou o Barcelona a um ponto de levantar o troféu do campeonato nacional de 2008-09.
Eto'o marcou o primeiro gol da final da edição 2008-09 da UEFA Champions League contra o Manchester United. O Barcelona terminou campeão, vencendo a partida por 2 a 0, completando assim a tríplice coroa

[editar]Internazionale

Depois de Maxwell completar sua transferência da InternazionaleJoan Laporta confirmou que houve um acordo de princípio entreBarcelona e Internazionale por Zlatan Ibrahimović para se juntar ao clube em troca de Eto'o e 46 milhões de euros. Depois de Ibrahimović ter concordado os termos contratuais com o Barcelona, o time italiano anunciou Eto'o, que viajaria para Milão para fazer os exames médicos para completar a transferência.
Em 27 de julho de 2009, Eto'o passou pelos exames médicos e assinou por cinco anos com a Internazionale. Em sua primeira coletiva de imprensa em Milão, ele declarou que era onde ele queria estar e se recusou a comparar0se a Ibrahimović dizendo: "Eu sou Samuel Eto'o e eu não quero me comparar a ninguém. Acredito que as vitórias que eu conquistei até agora podem contribuir para dar o valor correto para o meu nome." No dia 8 de agosto, Eto'o marcou seu primeiro gol pela Inter, em 2009 na Supercopa Italiana. Duas semanas depois, Eto'o marcou de pênalti contra o Bari em seu primeiro jogo na Serie A. No jogo seguinte, no Derby de Milão, Eto'o recebeu um pênalti após ter sido derrubado por Gennaro Gattuso na aréa. Eto'o marcou novamente no dia 13 de setembro contra oParma, o seu primeiro gol com bola rolando em uma partida da Serie A.
Eto'o nos tempos de Internazionale.
No final de setembro de 2009, Eto'o exigiu quase 2,75 milhões de libras do Barcelona depois de sua transferência para a Inter.[carece de fontes] Em dezembro de 2009, ficou na quinta colocação na eleição do prêmio Ballon d'Or, da revista France Football. O prêmio foi conquistado por seu ex-companheiro Lionel Messi.
Pela Serie A 2009-10, Eto'o continuava a marcar gols, com mais dois durante uma emocionante vitória sobre o Palermo, que terminou com o placar de 5 a 3 favorável a Inter, com os outros dois marcados por Mario Balotelli e um de Diego Milito. Eto'o também marcou nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA contra o Chelsea, no jogo de volta realizado no dia 16 de março de 2010, que permitiu a classificação da Internazionale para as quartas-de-final. No dia 5 de maio de 2010, Eto'o e seus companheiros de equipe ajudaram a Inter a levantar a taça daCoppa Italia depois de derrotar a Roma por 1 a 0 no Stadio Olimpico, gol de do argentino Diego Milito.
Em 22 de maio de 2010, Eto'o jogou a terceira final de Champions League de sua carreira, e com o triunfo da Inter sobre o Bayern de Munique por 2 a 0 (dois gols de Diego Milito), tornou-se o único jogador a conquistar a tríplice coroa (Campeonato, Copa e Liga dos Campeões) por duas temporadas consecutivas, pelo Barcelona e posteriormente pela Inter.
Três meses depois, em 21 de agosto de 2010, Eto'o marcou duas vezes pela Internazionale contra a Roma, na vitória por por 3 a 1 que rendeu a conquista do título da Supercopa da Itália de 2010. Seu primeiro hat-trick pela Internazionale ocorreu na UEFA Champions League contra o Werder Bremen, em 29 de setembro de 2010. A Internazionale venceu o jogo por 4 a 0, e Eto'o pronunciou-se após a partida:

Vamos ser humildes, pois sabemos que existem os outros lá fora, que são melhores do que nós, por isso vamos apenas ter um jogo de cada vez e nós vamos ver até onde chegamos.

[editar]Anzhi Makhachkala

No dia 23 de agosto de 2011, o Anzhi Makhachkala chegou a um acordo com a Internazionale para assinar com Eto'o em um contrato que vale por três temporadas, e se espera que Samuel Eto'o se torne o jogador mais bem pago do mundo, ganhando 20 milhões deeuros anuais. O clube russo pagou 27 milhões de euros para a Internazionale para ter o jogador.

[editar]Seleção Camaronesa

Eto'o numa partida porCamarões em 2009.
Eto'o ganhou sua primeira chance na Seleção de Camarões um dia antes de seu aniversário de 16 anos, em um amistoso em que Camarões perdeu por 5 a 0 para a Costa Rica. Em 1998, ele foi o mais jovem participante da Copa do Mundo de 1998, na sua primeira aparição a sua seleção perdeu de 3 a 0 para a Itália no dia 17 de junho de 1998, já com 17 anos.
Eto'o fez parte das seleções que venceram em 2000 e 2002 a Copa das Nações Africanas, e foi medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2000. Na Copa das Confederações de 2003, em que Camarões terminou como vice-campeão, ele marcou seu único gol na fase de grupos no jogo em que o Brasil perdeu de 1 a 0 no dia 19 de junho. Camarões foi eliminado nas quartas-de-final da Copa das Nações Africanas de 2006, após Eto'o perder o pênalti decisivo na disputa de pênaltis que foi vencida pela Costa do Marfim por 12 a 11 após um empate em 1 a 1 no tempo normal, mas mesmo assim, Eto'o terminou como o artilheiro do torneio com cinco gols. Ele perdeu um treino da equipe antes as quartas-de-finais para participar da cerimônia de entrega de prêmio de Futebolista Africano do Anoem Togo.
Na Copa das Nações Africanas de 2008, Eto'o tornou-se o maior artilheiro (junto com Laurent Pokou) da história da competição, depois de marcar seu décimo quarto gol de pênalti contra a Zâmbia, em26 de janeiro de 2008. No jogo seguinte contra o Sudão em 30 de janeiro, Eto'o converteu outro pênalti para se tornar, de forma isolada, o maior artilheiro de todos os tempos do torneio, seguido por outro gol na mesma partida. Ele terminou como o artilheiro do torneio pelo segundo ano consecutivo, igualando o seu total de 2006 de cinco gols.
No dia 31 de maio de 2008, Eto'o envolveu-se em uma polêmica ao desferir uma cabeçada norepórter Philippe Bony, após um incidente numa conferência de imprensa de sua seleção.[2] Bony sofreu uma lesão, mas Eto'o mais tarde pediu desculpas pela briga, oferecendo-se para pagar as despesas médicas de Bony.
Nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010 - África na partida contra Gabão, Eto'o marcou um gol aos 22 minutos do segundo tempo. No segundo jogo ele novamente marcou outro gol. Eto'o marcou nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010 - África no segundo jogo contra o Marrocos em que Camarões venceu por 2 a 0 e garantiu a vaga para a Copa do Mundo de 2010.
Em 19 de junho de 2010, Eto'o marcou um gol na Copa do Mundo, realizada na África do Sul, ainda na fase de grupos contra aDinamarca, a partir de um erro de Christian Poulsen. Camarões acabou perdendo o jogo por 2 a 1 e foi eliminado da Copa. Eto'o descreveu esta eliminação como a maior decepção de sua carreira. Em dezembro de 2010, Eto'o se tornou o primeiro jogador na história a ser eleito o Futebolista Africano do Ano por quatro vezes.[3]
Em 16 de dezembro de 2011, Eto'o envolveu-se em mais uma polêmica ao ser suspenso por quinze jogos pelo Federação Camaronesa de Futebol, após ter sido apontado como responsável por uma greve dos jogadores antes de um amistoso contra a Argélia, no início doano seguinte.[4]

O Comitê de Disciplina da Federação decidiu fixar uma suspensão exemplar para Eto'o por sua responsabilidade como capitão do time camaronês. A greve dos jogadores começou por muitas razões e as gratificações não são a causa principal

A suspensão foi reduzida para oito meses em janeiro de 2012, fazendo com que Eto'o ficasse fora de apenas quatro jogos. Porém, desde a polêmica o jogador jamais voltou a atuar pela Seleção Camaronesa.